Vamos Conhecer Um Pouco Sobre a Musica:
Quando ouvimos uma música executada por uma
orquestra,
o
termo música
clássica
é empregado em dois sentidos diferentes. As pessoas
às vezes, usam a expressão ‘música clássica’ considerando toda a música
dividida em duas grandes partes: ‘clássica’ e ‘popular’.
Para o estudioso ou musicólogo, entretanto, ‘Música
Clássica’ tem sentido especial e preciso: é a música composta entre 1750 e
1810, que inclui a música de Haydn, Mozart, Beethoven e outros. As
composições de outros autores, não podem ser consideradas clássicas. Ouvir
Bach ou Vivaldi significa dizer que estamos ouvindo
música barroca, se
referirmos a Chopin, Verdi ou Wagner estaremos ouvindo música do período
romântico. Se
quisermos generalizar, pudemos dizer que gostamos de música Erudita.
Estudemos um pouco mais...
Não falaremos da
música dita popular com as suas várias
definições, pois essas podem levar o sujeito a estados de muita alegria ou
mesmo de grande depressão. Aquelas que falam do amor entre homem e mulher
podem ilustrar o que estamos querendo dizer. Podem causar entusiasmo de
alegrias ou levar o sujeito a cometer erros em nome desse amor; pode elevar
o sentimento como, pode também rebaixá-lo a ponto de deixá-lo na sarjeta.
A música Erudita em todos os seus períodos tende a levar o
sujeito ao equilíbrio, pois, uma onda sonora causa mudanças na pressão do ar
na medida em que se move através dele. Desta forma, quando os temas musicais
fluentes, diminuem a velocidade da pulsação do coração e da respiração, você
mergulha em um mundo de harmonia que lhe transmite paz, tranquilidade e
relaxamento.
Composições cheias de
tranquilidade evocam as
imagens que vão até as fronteiras de sua percepção, comovendo você
profundamente. Por isso, quando você ouve um “canto Gregoriano” ou uma
música mais tranquila (harmônica), você tende a se acalmar e a entrar num
estado de relaxamento e reflexão. Por isso, muitas pessoas ao ouvirem música dessa natureza sentem sonolência
devido ao relaxamento dos músculos
provocado pelo ar rarefeito.
Há alguns anos atrás, vimos no programa
Fantástico da TV Globo uma pesquisa feita por cientistas nos Estados Unidos,
onde eles colocaram dentro de quartos separados, plantas com flores que
tinham sido germinadas, crescidas e dado flores ao mesmo tempo. Em um
ambiente, as plantas ouviam músicas barrocas e no outro, as plantas ouviam
música do tipo rock metal. Após vinte e quanto horas e com o acompanhamento
de quadros feitos pela câmera, pudemos observar, na medida em que o tempo
passava que as que ouviam rock foram murchando e as outras ficaram mais
viscosas como se estivessem mais alegres.
Divaguemos um pouco mais sobre a música erudita para melhor
compreensão:
Entre os vestígios remanescentes das grandes civilizações da
antiguidade, foram encontrados testemunhos escritos em registros pictóricos e
escultóricos de instrumentos musicais e de danças acompanhadas por música. A cultura
sumeriana, que floresceu na bacia mesopotâmica vários milênios antes da era cristã,
incluía hinos e cantos salmodiados em seus ritos litúrgicos, cuja influência é
perceptível nas sociedades babilônica, caldéia e judaica que se assentaram
posteriormente nas áreas geográficas circundantes. O antigo Egito, cuja origem agrícola
se evidenciava em solenes cerimônias religiosas que incorporavam o uso de harpas e
diversas classes de flautas, alcançou também alto grau de expressividade musical.Na Ásia onde a influência de filosofias e correntes religiosas como o budismo, o xintoísmo, o islamismo etc. foi determinante em todos os aspectos da cultura; os principais focos de propagação musical foram as civilizações chinesa, do terceiro milênio antes da era cristã e indiana.
O ocidente europeu possuía uma tradição pré-histórica própria. É bem conhecido o papel preponderante assumido pelos druidas, sacerdotes, bardos e poetas, na organização das sociedades celtas pré-romanas.
A tradição musical da Anatólia, porém, penetrou na Europa através da cultura grega, cuja elaborada teoria musical constituiu o ponto de partida da identidade da música ocidental, bastante diversa da do Extremo Oriente.
A música americana pré-colombiana possui acentuado parentesco com a chinesa e a japonesa em suas formas e escalas, o que se explica pelas migrações de tribos asiáticas e esquimós através do estreito de Bering, em tempos remotos. Finalmente, a cultura musical africana não árabe peculiariza-se por complexos padrões rítmicos, embora não apresente desenvolvimento equivalente na melodia e na harmonia.
Ao redor de 500 anos D.C. a civilização ocidental começou a emergir do período conhecido como A Idade Escura. Durante os próximos 10 séculos, a Igreja católica recentemente emergida dominaria a Europa, enquanto administrando justiça, instigando "as Cruzadas Santas" contra o leste, estabelecendo Universidades, e geralmente ditando o destino da música, arte e literatura.
Dessa forma classificou a música conhecida como canto gregoriano que era a música aprovada pela Igreja. Muito posterior, a Universidade de Notre em Paris viu a criação de um tipo novo de música chamada organum. Foi cantada a música secular por toda parte na Europa pelos trovadores e trouvères de França. E foi durante a Idade Media que a cultura ocidental viu a chegada do primeiro grande nome em música, o de Guillaume Machaut.
Diante do exposto, podemos dividir a história da música em períodos distintos, cada qual identificado por um estilo. É claro que um estilo musical não se faz da noite para o dia. É um processo lento e gradual, sempre com os estilos sobrepondo-se uns aos outros. Mas, para efeito de classificação, costuma-se dividir a História da Música do Ocidente em seis grandes períodos:
Música Medieval
Durante muito tempo, a música foi cultivada por
transmissão oral, até que se inventou um sistema de escrita. Por volta do
século IX apareceu, pela primeira vez, a pauta musical. O monge italiano
Guido d’Arezzo (995 - 1050) sugeriu o
uso de uma pauta de quatro linhas. O sistema é usado até hoje no canto gregoriano.
A utilização do sistema silábico de dar nome às notas deve-se
também ao monge Guido d'Arezzo
e encontra-se numa melodia profana, hino que os meninos cantores
entoavam ao padroeiro dos músicos São João Batista, para que os protegesse
da rouquidão, cada linha da qual começava com uma nota mais aguda que a
anterior. Associou à melodia a um texto sagrado em Latim, cuja primeira sílaba
de cada linha podia dar o nome de cada nota da escala musical.
Ut queant laxit
Ressonare fibris
Mira gestorum
Famuli tuorum
Solvi polluti
Labii reatum
Sancte Ioannes
Cuja tradução
é: Para que nós, servos, com nitidez e língua desimpedida, o milagre e a
força dos teus feitos elogiemos, tira-nos a grave culpa da língua manchada
São João.
Durante o século XIX, o sistema de Guido foi adaptado para transformar-se no sol - fá tônico dos nossos dias, e usado para ensinar não músico a cantar música coral. Foi nessa época que alguns tons foram reformulados de modo a facilitar o canto. Ut tornou-se DÓ e SA tornou-se SI (iniciais de Sancte Ioannes)
O tipo de música mais antigo que conhecemos consiste em uma única
linha melódica cantada, sem qualquer acompanhamento. Este estilo é o chamado Cantochão
ou Canto Gregoriano. Com o passar do tempo acrescentou-se outras vozes ao cantochão,
criando-se as primeiras composições em estilo coral.
Além do Cantochão, cantado nas igrejas, produziam-se na Idade Média
muitas danças e canções. Durante os séculos XII e XIII houve intensa produção de
obras em forma de canção, composta pelos trovadores, poetas e músicos do sul da
França e Itália.
As danças eram muito populares em festas e feiras e podiam ser tocadas
por dois instrumentos, com um grupo mais numeroso. Os instrumentos que acompanhavam estas
danças incluíam: a viela (antepassado da família do violino), o alaúde, flautas doces
de vários tamanhos, gaitas de foles, o trompete reto medieval, instrumentos de percussão
( triângulos, sinos, tambores).
Philippe de Vitry
1290 - 1361
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O período da Renascença se caracterizou,
na História da Europa Ocidental, sobretudo pelo enorme interesse ao saber e à cultura,
particularmente a muitas ideias dos antigos gregos e romanos.
Foi também uma época de grandes descobertas e explorações, em que
Vasco da Gama, Colombo, Cabral e outros exploradores estavam fazendo suas viagens,
enquanto notáveis avanços se processavam na Ciência e Astronomia.
Os compositores passaram a ter um interesse muito mais vivo pela
música profana ( música não religiosa), inclusive em escrever peças para instrumentos,
já não usados somente para acompanhar vozes. No entanto, os maiores tesouros musicais
renascentistas foram compostos para a igreja, num estilo descrito como polifonia coral ou
policoral e cantados sem acompanhamento de instrumentos.
A música renascentista é de estilo polifônico, ou seja, possui
várias melodias tocadas ou cantadas ao mesmo tempo.
Música vocal
Na Basílica de São Marcos, em Veneza, havia dois grandes órgãos e
duas galerias para coro, situadas em ambos os lados do edifício. Isso deu aos
compositores a ideia de compor peças para mais de um coro, chamadas policorais. Assim,
uma voz vinda da esquerda é respondida pelo coro da direita e vice versa. Algumas das
peças mais impressionantes são as de
Giovani Gabrielli
( 1555 - 1612), que escreveu
corais para dois e três grupos.
Os Motetos eram peças escritas para no mínimo quatro vozes, cantados geralmente nas
igrejas. Os Madrigais eram canções populares escritas para várias vozes e que se
caracterizam-se por não ter refrão. De grande sucesso nas Inglaterra do século XVI,
passaram a ser cantados nos lares de todas as famílias apaixonadas por música.Música instrumental
Até o começo do século
XVI, os compositores usavam os instrumentos apenas para acompanhar o canto,
contudo,
durante o século XVI, os compositores passaram a ter cada vez mais interesse em escrever
música somente para instrumentos.
Em muitos lares, além de flautas, alaúdes e violas, havia também um
instrumento de teclado, que podia ser um pequeno órgão, virginal ou clavicórdio. A
maioria dos compositores ingleses escreveu peças para o virginal. No Renascimento
surgiram os primeiros álbuns de música, só para instrumentos de teclados.
Muitos instrumentos, como as charamelas, as flautas e alguns tipos de
cornetos medievais e cromornes continuavam populares. Outros, como o alaúde, passaram por
aperfeiçoamentos.
Cláudio Monteverdi - 1567/ 1643
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Música barroca
A palavra Barroco é provavelmente de origem
portuguesa, significando pérola ou joia no formato irregular. De início era usada para
designar o estilo de arquitetura e da arte do século XVII, caracterizado pelo excesso de
ornamentos. Mais tarde, o termo passou a ser empregado pelos músicos para indicar o
período da história da música que vai do aparecimento da ópera e do oratório até a
morte de J. S. Bach.
A música barroca é geralmente exuberante:
ritmos enérgicos, melodias com muitos ornamentos, contrastes de timbres instrumentais e
sonoridades fortes com suaves.
Música vocal
Orfeu,
do compositor Montiverdi (1567-1643) escrita no ano de 1607
é a primeira grande ópera. Ópera é uma peça teatral em que os papéis são cantados
ao invés de falados. A ópera de Montiverdi possuía uma orquestra formada de 40
instrumentos variados, inclusive com violinos, que começavam a tomar lugar das violas.
Alessandro Scarlatti foi o mais popular compositor italiano
de óperas. Na França os principais compositores de óperas foram Lully e
Rameau .
Nascido na mesma época da ópera, o Oratório é outra
importante forma de música vocal barroca. O oratório é um tipo de ópera com
histórias extraídas da
Bíblia. Com o passar do tempo os oratórios deixaram de ser representados e passaram a
ser apenas cantados. Os mais famosos oratórios são os do compositor alemão
Haendel (1685-1759), do início do século XVIII:
Israel no Egito, Sansão e o
famoso Messias e muitos outros.
As Cantatas são oratórios em miniaturas e eram apresentados nas
missas.
Música instrumental
Durante o período barroco, a música instrumental passou a ter
importância igual à da música vocal. A orquestra passou a tomar forma. No início a
palavra ‘orquestra’ era usada para designar um conjunto formado ao acaso, com os
instrumentos disponíveis no momento. Mas no século XVII, o aperfeiçoamento dos
instrumentos de cordas, principalmente os violinos, fez com que a seção de cordas se
tornasse uma unidade independente. Os violinos passaram a ser o centro da orquestra, ao
qual os compositores acrescentavam outros instrumentos: flautas, fagotes, trompas,
trompetes e tímpanos.
Um traço constante nas orquestras barrocas, porém, era a presença do
cravo ou órgão como contínuo, fazendo o baixo e preenchendo a harmonia. Novas formas de
composição foram criadas, como a fuga, a sonata, a suíte e o concerto.
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Música clássica
Conforme dissemos outrora, algumas pessoas
às vezes, usam a expressão ‘música clássica’ considerando toda a música
dividida em duas grandes partes: ‘clássica’ e ‘popular’, entretanto,
para o estudioso ou musicólogo, a ‘Música
Clássica’ tem sentido especial e preciso: é a música composta entre 1751 e
1810.
Música instrumental
A Música Clássica mostra-se
refinada e elegante e tende a ser mais leve, menos complicada que a
Romântica e seguintes. Os
compositores procuraram realçar a beleza e a graça das melodias. A Orquestra está em
desenvolvimento. Os compositores deixaram de usar o cravo e acrescentaram mais
instrumentos de sopro.
Durante o Período Clássico, a música instrumental passou a ter maior
importância que a vocal. Nesta época criou-se a Sonata. É uma obra com vários
movimentos para um ou mais instrumentos.
A Sinfonia é, na realidade, uma sonata para orquestra. Seu número de
movimentos passam a ser quatro: rápido - lento - Minueto - muito rápido.
Haydn,
Mozart e
Beethoven foram os maiores compositores de sinfonias do Classicismo.
O Concerto consiste em uma composição para um instrumento solista
contra a massa orquestral. Tem três movimentos: rápido - lento - rápido.
Muitas obras foram escritas para o piano forte, em geral chamado piano
para abreviar. Bartolomeu Cristfori, construtor de cravos italiano, por volta de 1700 já
havia concluído a fabricação de pelo menos um destes instrumentos. Enquanto as cordas
do cravo são tangidas por bicos de penas, o piano tem suas cordas percutidas por
martelos, cuja dinâmica pode ser variada de acordo com a pressão dos dedos do
executante. Isso daria ao piano grande poder de expressão e abriria uma série de
possibilidades novas.
No começo o piano custou para se tornar popular porque os primeiros
modelos eram muito precários. Mas, no final do século XVIII o cravo já havia caído em
desuso, substituído pelo piano.
A serviço da alta nobreza, o músico não passava de um criado que,
depois de fornecer música para fundo de jantares e conversas, ia jantar na cozinha com os
demais empregados da casa. Para agradar seus patrões, precisava seguir as tradições
musicais. Em sua obra respeitava e refletia as emoções da corte. A imaginação criadora
não seria bem vinda se representasse a quebra das estruturas tradicionais. Haydn aceitou
esse trato e cumpriu suas obrigações. Mozart não aceitou estes limites e pagou um
preço alto pela obstinação em se manter fiel à seus princípios. As cortes o relegaram
ao esquecimento e o deixaram morrer como um mendigo. Beethoven foi o primeiro a decidir
que não devia obrigações a ninguém e exigiu ser respeitado como artista. Nascia, com
Beethoven, o pensamento romântico.
Antônio Carlos Gomes
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Música romântica
Os compositores clássicos tinham por objetivo atingir o equilíbrio
entre a estrutura formal e a expressividade. Os românticos vieram desequilibrar tudo.
Eles buscavam maior liberdade de forma, a expressão mais intensa e vigorosa das
emoções, frequentemente revelando seus pensamentos mais profundos, inclusive suas
dores. Muitos compositores românticos eram ávidos leitores e tinham grande interesse
pelas outras artes, relacionando-se estreitamente com escritores e pintores. Não raro uma
composição romântica tinha como fonte de inspiração um quadro visto ou um livro lido
pelo compositor.
Dentre as muitas ideias que exerceram enorme fascínio sobre os
compositores românticos temos: terras exóticas e o passado distante, os sonhos, a noite
e o luar, os rios, os lagos e as florestas, as tristezas do amor, lendas e contos de
fadas, mistério, a magia e o sobrenatural. As melodias tornam-se apaixonadas, semelhantes
à canção. As harmonias tornam-se mais ricas, com maior emprego de dissonâncias.
Durante o Romantismo houve um rico florescimento da canção,
principalmente do Lied ( ‘canção’ em alemão) para piano e canto. O primeiro
grande compositor de Lieder ( plural de Lied ) foi
Schubert .
As óperas mais famosas hoje em dia são as românticas. Os grandes
compositores de óperas do Romantismo foram os italianos
Verdi e Rossini e na Alemanha,
Wagner. No Brasil, destaca-se
Antônio Carlos Gomes com suas óperas O Guarani, Fosca, O
Escravo, etc.
A orquestra cresceu não só em tamanho, mas também em abrangência. A
seção dos metais ganhou maior importância. Na seção das madeiras adicionou-se o
flautim, o clarone, o corne inglês e o contrafagote. Os instrumentos de percussão
ficaram mais variados.
O Concerto romântico usava grandes orquestras; e os compositores,
agora sob o desafio da habilidade técnica dos virtuoses, tornavam a parte do solo cada
vez mais difíceis.
Até a metade do século XIX, toda a música fora dominada pelas
influências alemãs. Foi quando compositores de outros países, principalmente os russos,
passaram a ter a necessidade de criar a sua música. Inspiravam-se nas músicas
folclóricas e lendas de seus países. É o chamado Nacionalismo Musical.
No século XIX o piano passou por diversos melhoramentos. Quase todos
os compositores românticos escreveram para o piano, mas os mais importantes foram:
Schubert,
Mendelssohn,
Chopin,
Schumann,
Liszt e
Brahms. Embora em meio às obras destes
compositores se encontrem sonatas, a preferência era para peças curtas e de forma mais
livre.
Havia uma grande variedade, entre elas as danças como as valsas, as
polonaises e as mazurcas , peças breves como o romance, a canção sem palavras, o
prelúdio, o noturno, a balada e o improviso.
Outro tipo de composição foi o Étude (Estudo), cujo objetivo era o
aprimoramento técnico do instrumentista. Com efeito, durante esta época houve um grande
avanço nesse sentido, favorecendo a figura do Virtuoso: músico de concerto, dotado de
uma extraordinária técnica. Virtuosos como o violinista Paganini e o pianista
Liszt eram
admirados por plateias assombradas.
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Música moderna
A história da música no século XX constitui uma série de tentativas
e experiências que levaram a uma série de novas tendências, técnicas e, em certos
casos, também a criação de novos sons, tudo contribuindo para que seja um dos períodos
mais empolgantes da história da música.
Enquanto a música nos períodos anteriores podia ser identificada por
um único e mesmo estilo, comum a todos os compositores da época, no século XX ela se
mostra como uma mistura complexa de muitas tendências. A maioria das tendências
compartilham uma coisa em comum: uma reação contra o estilo romântico do século XIX.
Tal fato fez com que certos críticos descrevessem a música do século XX com
"anti-romântica". Dentre as tendências e técnicas de composição mais
importantes da música do século XX encontram-se:
Impressionismo
|
Nacionalismo do Séc. XX
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Expressionismo
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Música Concreta
|
Serialismo
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Música Eletrônica
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Influências do Jazz
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Neoclassicismo
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Música Aleatória
|
Atonalidade
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No entanto, se investigarmos melhor
estas composições, encontraremos uma série de características ou marcas de estilo que
permitem definir uma peça como sendo do século XX. Por exemplo:
Melodias: São curtas e fragmentadas, angulosas, em lugar das
longas sonoridades românticas. Em algumas peças, a melodia pode ser inexistente.
Ritmos: Vigorosos e dinâmicos, com amplo emprego dos
sincopados; métricas inusitadas, como compassos de cinco e sete tempos; mudança de
métrica de um compasso para outro, uso de vários ritmos diferentes ao mesmo tempo.
Timbres: A maior preocupação com os timbres leva a inclusão
de sons estranhos, intrigantes e exóticos; fortes contrastes, às vezes até explosivos;
uso mais enfático da seção de percussão; sons desconhecidos tirados de instrumentos
conhecidos; sons inteiramente novos, provenientes de aparelhagens eletrônicas e fitas
magnéticas.
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